quarta-feira, 28 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Simplicidade num frasco
A semana passada foi avassaladora, o trabalho consumiu-me da pior maneira, não me apetecia fazer nada, li-vos porque o faço diariamente, lá fui vendo as minhas séries mas senti-me tremendamente mal.
É chegando ao fundo do poço quenos vemos confrontados com os nossos maiores temores, posso dizer que sobrevivi e ultrapassei as minhas dúvidas e ergui-me.
No domingo tinha um trabalho de maquilhagem, uma mulher desconhecida que obteve referências minhas através se uma amiga e depois de uma troca de palavras fiquei a saber que ela nunca se maquilhou para além de mascara de pestanas e baton e que iria estar num evento no qual não se sentiria confortável de cara lavada.
Pouco ou nada sabia dela para além destes pormenores, que era pálida, de olhos azuis e o cabelo outrora louro.
Cheguei pelas seis e descobri que o evento era a Gala dos Globos de Ouro, a minha cliente é uma mulher lindíssima e elegante mas como muitas mulheres que se sentam numa cadeira de maquilhador não se conseguia ver através dos nossos olhos, os olhos cheios de expressão, uma estrutura facial maravilhosa e uma pele invejável, não vos consigo transmitir a intimidade naquele momento, partilham-se algumas confidências e ocorre uma transformação, nada bate aquele instante em que a mulher se olha ao espelho e é como se conhecesse uma nova faceta, ela disse-me que estava feliz e eu prossegui o meu rumo.
Ao folhear uma revista cor de rosa, vi-a sorridente e confiante e senti-me feliz, fiz parte daquele momento, trouxe a revista para casa, provavelmente a primeira vez que comprei uma publicação do género para guardar aquele momento comigo, estes são os momentos que marcam o momento em que me quis tornar maquilhador.
Em casa, abri um frasco de molho indiano Pataks e fi-lo com soja porque por muito que eu goste de cozinhar por vezes basta o simples acto de abrir um frasco e relaxar com um pouco de confort food para colocar tudo em perspectiva.
sábado, 10 de maio de 2014
Batatada na Batataria
Na quinta-feira fomos comer ao Pomme de Terre, um restaurante na Praça das Flores, já estávamos curiosos porque há anos que dizíamos que o sítio tinha imenso potencial mas ninguém pegava naquilo. Já tinha lido uma review no blog de uma amiga e se calhar o erro foi criar expectativas.
Comecemos pelo positivo, o sítio é muito giro, bem decorado e confortável, pessoal é acessível e simpático.
Quando olhámos para o menu eu fiquei logo desapontado, por alguma razão achava que uma Batataria teria muito mais opções vegetarianas e na realidade tinha duas, uma que eram batata no forno com azeite e alho e a Arigatou (no menu tinha acento circunflexo mas eu não romanizo com acentos, sorry) que era batata com seitan, molho teriyaki e cogumelos e foi esta que eu comi. Todos os pratos podiam ser servidos com batata clássica ou batata doce, eu fiquei pela clássica porque tenho uma relação de amor ódio com batata doce.
Só tinham duas entradas, batata doce frita e chapéu de corno, batata com queijo catupiry. Mas o empregado foi logo avisando que a batata doce frita não havia, estranho porque a opção de batata doce nos outros pratos estava disponível.
Bebi um mojito que estava bem agradável e depois chegaram as batatas que na realidade eram uma batata grande no forno com molho num prato de entrada. Só posso falar pelo meu que começou logo mal porque em vez de seitan tinha tofu que não é exactamente a mesma coisa e não me agrada particularmente, quando a cabra (não secreta) que há em mim ia dar sinais de vida fizeram-me de sinal para relevar e eu respirei o fundo e comi o tofu.
Estava tudo tão encharcado com molho teriyaki que, obviamente, estava salgado e sal até nem é coisa que me chateie note-se mas não sabia a mais nada do que uma batata meia farinhenta com uns cogumelos pelo meio, cubos muito discretos de tofu que mais pareciam cebolinho a decorar e quilos de molho teriyaki, não fiquei fã.
As sobremesas também eram só três, CheesePommeCake, Waffles de Batata Doce à Americana (adoro porque Waffles são franco-belgas mas vá) e Pedro e Inês que consistia em queijo da ilha e doce de batata doce (parece um trava línguas) mas que embora tivesse queijo da ilha foi servido com catupiry (assimcumássim é tudo queijo) e disseram que Waffles sim sim era boas mas não havia.
O empregado ainda que simpático ou estava num dia mau, ou estava lá há pouco tempo ou não era o lápis mais afiado do estojo, anotou os nossos pedidos e cinco minutos depois voltou atrás para voltar a anotar e trocou as bebidas todas do pessoal da imperial e do panaché, ainda que não se lembrasse de quem era quem, o mais prudente seria trazer primeiro umas perguntar quem tinha pedido e depois era só continuar, os meus amigos é que ao provar depois trocavam.
Eu pedi o CheesePommeCake que era uma reinterpretação de cheesecake que tinha bolacha, doce de batata doce, cheesecake e doce de frutos vermelhos (muuuuuito doce de frutos vermelhos) e que claro está por muito complexo que quisesse ser sabia a frutos vermelhos com texturas diferentes, era tão intenso que mascarou completamente os outros sabores todo e se calhar tinha muito a ganhar se repensassem os quilos de doce em cima. Acabei por provar mesmo o doce de batata doce porque provei o Pedro e Inês de uma amiga minha que perdeu pela substituição do queijo da ilha que teria feito um contraste de sabores muito mais interessante.
O preço é médio ainda que eu ache puxadote para o tamanho das porções, ficou a pouco menos de 17€ por pessoa sem entradas e basicamente parece uma versão rebuscada das batatas que se comem em Covent Gardénia (que eu adoro) e acho que tanto o chef como o sítio tinham a ganhar se reestruturassem um menu pobre e repensassem algumas das combinações de sabores e por favor menos molho teriyaki.
Too Much Information XV - Mais uma rodada...
1. Tens uma bebida alcóolica preferida?
Tenho e sou tão cliché, adoro Cosmopolitans e raramente os bebo, talvez por isso me saibam tão bem. E também gosto de limoncello e costumo fazê-lo em noites de lua cheia, depois acabo por oferecê-lo e fico para aí com uma garrafa.
2. Qual o teu tipo de vinho preferido?
Esta é fácil, a prostituta que há em mim adora champanhe e porque o cérebro comanda tudo só me sabe bem em flutes e não suporto beber em copos de plástico. Champanhe em copos de plástico é assim um grande corta tussa porque tiveste guito para o álcool mas não chegou para os copos, aqui a experiência é rainha. Quando é para fazer misturas então um espumante adocicado para umas boas Mimosas, Bellini ou Kir Royale. Vêm, não vos digo que há todo um espírito de prostituta em mim no que diz respeito ao álcool?
3. Qual a tua cerveja preferida?
Está para nascer, odeio cerveja e só entra cá em casa para fazer bolo de Guinness!
4. Consegues perceber as diferenças entre whiskies?
O meu lado pretensioso gostaria de dizer que sim, mas na realidade não e também não gosto de whisky, diz papai que whisky velho lhe dá uma ressaca insuportável e acaba aí a minha sabedoria dos whiskies. Mas vodka só gosto de Absolut, também gosto de Grey Goose mas infelizmente não tenho tempo para o comprar frequentemente. Odeio Schmirnoff profundamente.
5. Bebidas de marca ou bebidas da casa?
Depende do que é que estou a beber, mas nos restaurantes geralmente peço água e prefiro Luso a Evian.
6. Verão, Sol e esplanada rimam com que bebida?
Não rimam com nada porque só gosto da esplanada, mas vá uma Pina Colada!
7. Shots ou bebida a copo?
Bebida a copo, shots é para quem se quer embebedar rápido e nunca está nos meus planos porque sou um grandessíssimo control freak.
8. Qual a foi a tua experiência relacionada com álcool mais memorável (boa, má, embaraçosa...)?
Tenho duas, uma com sangria de champanhe em que uma amiga que me queria ver bêbado disse "Não tens piada, só falas mais alto!" e vim muito devagarinho para casa a conduzir (irresponsável eu sei, mas hey, what can you do?) e a outra foi em Baltimore numa noite em que eu e um amigo estávamos a fazer a ronda aos bares e parámos num que estava a fazer um concerto de karaoke. Enquanto toda a gente cantava country, eu fui cantar o Material Girl com uma coreografia parodiada e a partir daí o dono do bar estava sempre a servir-nos bebidas diferentes para cantarmos outra coisa, sei que cantámos Rocky Horror Picture Show, sei que cantámos o "I Got You Babe" e eu era a Cher e sei que cantámos mais qualquer coisa só que não me lembro. De volta ao hotel, deitei-me na cama e disse que o tecto estava a mexer, rastejei até à vending machine tirei um ginger ale e aquilo acalmou, eu sou daqueles que enjoa e se bebesse muito certamente vomitava.
BÓNUS
Alguma vez fizeste alguma coisa que te arrependas por estares com os copos?
Naaaah, control freak e por isso contro pelos dedos de uma mão as vezes que fiquei tocado, sorry.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Call me bitter
Isto da era da tecnologia e do acesso à informação é maravilhoso, não me vejo sem internet nos dias de hoje mas também há dias que me dá azia.
Andamos na era do mágico, de que os sonhos são todos possíveis e que basta sonhar e acreditar, que todo e qualquer acontecimento do nosso dia-a-dia está impregnado de um potencial mágico em que os passarinhos cantam e o sol brilha e a vida é para ser vivida e o camandro.
Isto do "nada acontece por acaso" e do "não há coincidências" levado até à exaustão cansa e dá mau estar, e constantemente ver estados de negação. Eu nada tenho nada contra o optimismo, muito pelo contrário até me considero uma pessoa optimista mas com uma dose saudável de realismo.
Por vezes o furar o pneu é só furar o pneu, o esquecermos da carteira é esquecer a carteira, procurar uma razão transcendente para todas as coisas mundanas é quase como uma afronta às coisas especiais que nos acontecem, às coisas que são fruto de esforço e de dedicação e que são uma recompensa pelo trabalho realizado.
Vou ali tomar um Kompensan e já volto.
GROWL - Parte Deux
terça-feira, 6 de maio de 2014
GROWL!
Fui à Audible, vi o título, vi a capa fiz o login (até porque tenho seis créditos por gastar) e antecipava o download até ver que estava restringido pela editora a compras fora dos EUA.
É uma perfeita estupidez, se for ao Book Depository posso comprar a versão em papel com dois cliques, mas a versão audio nem por isso...
Vou ter que arranjar a versão audio de outra forma! Se me fizerem o mesmo com o próximo livro do Dresden sinto-me tentado a cancelar a subscrição.
Haja paciência...