Uma vez que Fevereiro é o mês do meu aniversário vou fazer pequenos posts com coisas sobre mim, não esperem qualquer coisa de transcendente é mais um meme egocêntrico do que outra coisa.
Eu adoro perfumes, gosto deles fortes e que cheirem a flores, jasmim, rosas, folhas de violeta ou então o aroma cítrico da bergamota e embora use alguns em rotação diária porque um dos meus rituais é sair de casa perfumado (e de banho tomado, já agora) o meu preferido é o Fahrenheit da Christian Dior criado por Jean-Louis Sieuzac e Maurice Roger em 1988. Curiosamente, Jean-Louis Sieuzac foi também o criador de Opium de Yves Saint-Laurent, que é o perfume preferido da minha mãe e foi criado no ano em que eu eu nasci.
Lembro-me do primeiro dia em que o cheirei como se fosse hoje, tínhamos sido convidados para uma festa de aniversário à última da hora e fomos a uma perfumaria em busca de um presente. No meio dos perfumes todos lembro-me quando o cheirei e disse "Mãe, este não, porque eu quero usá-lo e não quero cheirar ao mesmo que o
!", a minha mãe riu-se e acabou por comprar outra coisa qualquer. Na altura tinha dezasseis anos e lembro-me que uns meses depois a minha mãe ofereceu-me como sendo o meu primeiro perfume de adulto e esse cheiro acompanhou-me para (literalmente) todo o lado sendo muitas vezes associado pelos meus amigos mais próximos como "cheira a Eolo", lembro-me da VS me contar que um dia procurou por mim na Feira da Ladra porque lhe cheirou a Fahrenheit e depois parou e chegou à conclusão que a probabilidade de eu ir à Feira da Ladra seria baixíssima, ou da G. estar em Hong Kong, entrar numa perfumaria e mostrar a uma amiga nossa, a S. "This is what Eolo smelss like.", fui fiel durante cerca de 14 anos em que não queria ter outras opções mas hoje (como tinha escrito antes) vou trocando e mantenho o Fahrenheit para opções especiais, há muito tempo atrás não conhecia ninguém que o usasse, hoje tenho agradáveis memórias como da B. quando passeávamos pelo Chiado dizer-me que durante anos foi o perfume dela, de uma outra pessoa numa outra vida mas que o mantinha na sua memória com carinho. Ou da T. me dizer que era o seu perfume favorito e que tinha vergonha de o admitir porque o descobriu através de mim e acharia que eu ficaria ofendido pelo pseudo-plágio (au contraire, é até lisongeador), recentemente a L., durante as minhas férias, disse-me que o adorava e que o oferecia sempre aos seus namorados (pancas de uma aquariana claramente).
Quando me perguntaram "perfumas-te para ti ou para os outros?" na altura respondi algo como "Perfumo-me para mim, mas alegra-me criar uma memória olfactiva nos outros."
Usei muito o Fahrenheit. Continua a ser o meu perfume - aquele de que não me esqueço nunca - mas já não uso.
ResponderEliminarNo entanto não entro numa perfumaria sem olhar para o Fahrenheit e pôr um pouco nas costas da mão.
Cheiro e digo para comigo - este sou eu!
Já entrei numa perfumaria, virei-me para a vendedora e disse-lhe "Importa-se que eu me perfume? É que sou supersticioso e que saí de casa e esqueci-me?", ela riu-se e disse-me "Esteja à vontade, todos os dias fazem isso mas o senhor foi o único que me pediu!"
EliminarSê benvindo Pedro.
Já percebi que para além do mês de aniversário, também temos em comum a paixão por perfumes. Achei curioso teres o mesmo perfume de eleição há tantos anos. Eu já mudei umas quantas vezes de perfume preferido, mas nos últimos anos mantenho-me no 212 de Carolina Herrera. Conheci-a através do AquaFlore, pena que já não exista.
ResponderEliminarDizem as más línguas que os homens são mais fiéis aos perfumes que as mulheres.
EliminarAquaFlore?
AquaFlore foi o 1º perfume que me fez gostar de Carolina Herrera. Pena que já não tenho nem uma amostra. (Sou coleccionadora daqueles frasquinhos de amostra).
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