sábado, 9 de abril de 2016

Anime Reviews - Bishoujo Senshi Sailor Moon Crystal #27 - Infinity 1 - Premonição (Parte 1)



O post é mega picture heavy e capturei-as todas eu.



Finalmente chegou a nova série de Sailor Moon Crystal, chamada pelos japoneses de "Season 3" e que vai contar o terceiro arco à semelhança da obra original de Naoko Takeuchi em 13 episódios.



O primeiro acto do manga está dividido em dois episódios e ao contrário do seu alter-ego de anime de 1995, a versão do manga coloca muito mais personagens em cena em menos tempo, as personagens parecem bastante mais bem caracterizadas do que nos primeiros 26 de Crystal.




Esta série é claramente para os fãs que agora estão na faixa dos 30-40 e a abertura é bastante clara no que diz respeito a spoilers mostrando já a Super Sailor Moon, Sailor Saturn e Sailor Pluto (que morreu no episódio 25 de Crystal depois de violar o terceiro tabu ao parar o tempo) mas nem tudo são rosas porque não suporto o novo genérico "New Moon ni Koi Shite" (Apaixona-te pela Lua Nova) que me soa tremendamente meh e só vale pela animação.



Antes do genérico vemos Master Pharaoh 90 a falar sobre os planos que tem para a terra à Magus Kaolinite, aqui muito menos submissa que na versão original do anime sem rasto do professor Tomoe, yada yada o tempo da destruição, yada yada três estrelas (ou planetas porque no japonês a palavra é a mesma) yada yada impedir que a luz desperte.




Entra Usagi em cena, com uma cena de pequeno-almoço que serve de mise-en-scène do que vai ser um dos obstáculos das guerreiras sailor nesta temporada, têm ocorrido vários casos em que alunas da Academia Mugen (Infinito) que sofrem uma regressão evolutiva e se transformam em monstros, Chibiusa acha aquilo tudo normal e vai falar com o pai de Usagi sobre o fenómeno.







A primeira aparição de Michiru é igual ao manga, numa piscina com um corpo muito mais desenvolvido e que mostra a diferença de idades entre ela e Usagi que é apenas um ano de diferenças mas aparentemente aqui um ano é a mesma coisa, Michiru chama o seu helicóptero privado e corta a cena para mostrar Haruka que tem uma voz incrível muito semelhante ao timbre de Ogata Megumi (a actriz que deu voz a Haruka no anime original) mas mais baixo e ainda mais masculino, aqui Haruka não permite ambiguidade, usa o pronome "ore" exclusivo para rapazes e mais rude do que o "boku" que utilizava. Aqui Haruka é um génio dos carros de corrida, aquilo que é apenas um sonho na sua encarnação em Sailor Moon S e toda uma série de comentários que Ten'ou Haruka e Kaiou Michiru são um casal.






O primeiro encontro de Usagi e Haruka é no salão de jogos, ao passo que Michiru parece louca ao perguntar a Mamoru se ele teria sido um príncipe na sua vida passada pelo seu olhar nobre, isto é a pick up line das pick lines, não é pedir lume, não é perguntar se quer ir beber um café, é fazer alusões esotéricas para captar a atenção do alvo e consegue aparentemente porque ele fica a olhar para ela com ar de que se calhar ela precisa de tomar as gotas.








No meio da confusão uma aluna da Academia transforma-se num monstro numa cena alusiva aos ovos de daimon da Kaolinite e enquanto Mamoru leva Naru e Umino para segurança, as cinco transformam-se.





















Considerações das transformações? Passaram a ser todas 2D ao contrário das antigas 3D de Crystal e usam a frase "~Planet Power, Make Up" que na série dos anos noventas foi exclusiva para Uranus, Neptune e Pluto.









Temos direito a dois ataques novos que antigamente foram só mostrados no manga, o Jupiter Coconut Cyclone e o Venus Wink Chain Sword. O da Jupiter tem um nome incrivelmente estúpido mas foi animado de uma forma extremamente inteligente e por isso fica desculpado, o monstro é destruído sem ser necessário que a Sailor Moon tenha qualquer intervenção e ficamos em cliffhanger porque Usagi (já no centro de comando sob o salão de jogos) diz que têm que ir investigar a Academia Mugen.



Nesta série temos uma caracterização da Usagi muito interessante, se por um lado continua trapalhona e infantil, por outro mostra uma maturidade diferente especialmente no primeiro monólogo em que diz que os dias de paz conquistados após a batalha com o Death Phantom serão de pouca dura e não se mostra resistente ao seu dever como protectora da Terra.

A Chibiusa consegue continuar a não ser irritante (só por isto já vale a Crystal inteira) e a Haruka e Michiru começam já a dar o ar da sua graça.

Este arco é o meu preferido, não só por ter as minhas personagens preferidas, porque foi o primeiro volume de manga que eu comprei ao calhas sem nem sequer saber que existia Sailor Moon em banda desenhada ou até que tinha tido a sua origem em livros em vez de ser o oposto num tempo para além do tempo em que a internet era um grande privilégio ao qual eu não tinha acesso de forma regular.

E só para eu não parecer um fanboy sem qualquer tipo de filtro crítico, há coisas que eu não gosto como algumas expressões demasiado infantilizadas que me lembram o franchise de Precure e os ataques parecerem menos em tempo real que foi uma das coisas que tinha gostado bastante na série anterior mas vou comer às colheres.

Nota final 4/5 - Não começo com um cinco porque haverão episódios com os quais vou vibrar mais, o daimon é extremamente genérico.

Podem adquirir a edição limitada em Blu-ray aqui.

2 comentários:

  1. Olá!
    Fui a uma loja em que um dos pisos era só anime gay.
    Pelos menos pareceu-me.
    Como é a abordagem - caso seja anime gay - deles a este tema?
    Algo mais platónico, etereo, ou tratado de igual forma que as relações hetero?

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    Respostas
    1. Okaerinasai!

      Há dois tipos de manga e anime gay masculino, o shounen-ai (amor entre rapazes) ou yaoi que são dedicados a um público feminino (no Japão) mas com bastante popularidade no Ocidente em ambos os géneros em que o traço e a estética é bastante feminino em que um dos elementos do casal agem praticamente como raparigas mas são rapazes.

      Depois tens o bara em que os homens são bastante mais masculinizados, quase bear diria eu em que o conteúdo é bastante mais pornográfico e dedicado ao público gay masculino.

      As relações gay são bastante fetichizadas no Japão.

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