Quando temos um blog onde optamos por partilhar pequenos momentos das nossas vidas, uma das vantagens é o feedback dos nossos leitores que podem ou não ser amigos mas que daquilo que vão conhecendo ou descobrindo podem sempre opinar na (bem ou mal?!?)dita caixa de comentários.
Entramos no mundo mágico da distorção em que podemos gritar LOBO! LOBO! Fulano tal foi mau para mim! E automaticamente temos as hostes a dizer "Gentinha pá, sem nada para fazer!" ou então a minha personal favorite "É tudo uma cambada de invejosas.", mas aqui o desafio é lerem três vezes o texto e pensarem bem: "Tenho aqui todos os elementos que me permitem fazer uma avaliação imparcial?", na maioria das vezes não temos, temos um descarregar de agruras e frustrações que são tecidas de forma a mostrarem o lado do pano que mais convém e sim, no mundo fantástico do online, se eu tiver dois dedos de testa eu consigo fazer com que a opinião dos outros vá de encontro ao que eu pretendo. Mas tem sumo? Não, apenas teço e volto a compor um belo ramalhete mito-maníaco onde um grupo de desconhecidos ergue as bandeiras em prol da minha cruzada, mesmo sem saber porque razão as estão a erguer, mas erguem (resta saber se por solidariedade real ou também eles um grupo de pessoas que nos passa a mão pelo pêlo num compromisso que na próxima vez que gritarem LOBO, também nós estaremos lá para eles.
Este tipo de comportamento agradeço como se aceitasse, vejo-o como um belo embrulho que demorou horas a fazer e que depois de aberto me mostra uma embalagem completamente vazia ou então água com sabores, que não é água, não é sumo, é qualquer coisa que posso beber naquele momento mas que não me satisfaz mas é melhor que nada.
Situações há em que todo aquele entrelaçar de estórias sem história poderiam ser desmistificadas num estalar de dedos, mas já que é tudo ad captandum vulgus, esperemos que o povo não se rebele quando vislumbrar o que está sob o véu. Eu já comprei uns saquinhos de pipocas.