terça-feira, 18 de setembro de 2012
Olá Sabat Mabon do Ano.
Este Verão fui rebelde e não tirei qualquer período de férias durante os meses de Julho, Agosto e Setembro. Na altura pareceu-me uma excelente ideia, quando os senti na pele senti-me profundamente estúpido.
Verdade seja dita, falta-me toda e qualquer capacidade para planeamento de férias e por isso resta-me esperar que o estrago no ano seguinte não seja tão mau. Mas, já me cheira a férias, vou celebrar o casamento de uma grande amiga para lá do Canal da Mancha e honra-me que ela me tenha convidado.
Os tachos andam em baixo, a minha última grande investida foi um brunch chez moi onde me lancei numa série de receitas nunca antes feitas, descobri que gosto de granola (se for eu a fazê-la), tarte de nozes pecãs é boa mas com chocolate ainda é melhor e o segredo por trás de ovos mexidos cremosos (natas, que não é grande surpresa, as natas resolvem tudo) que receava serem o meu calcanhar de Aquiles culinário, sim numa refeição de cerca de sete pratos diferentes, o meu receio era que não gostassem dos meus ovos mexidos, qualquer parecença com sanidade mental é mera coincidência.
Aproveitei a Lua Azul para fazer Limoncello caseiro, com limões de cultura biólogica oferecidos por uma amiga e muita paciência a descascar limões, na altura a reacção foi "Mas isso compra-se no supermercado.", recentemente disseram-me "Vê lá, que tu és todo pancoso com as luas, olha que aquilo vai acabar!", aparentemente fez sucesso.
Descobri recentemente, quando questionado, que o meu prato preferido é lasanha de espinafres e ricotta e aqui não estou a ser irónico mas é imediatamente aquilo que eu respondo quando me convidam (e porque sou vegetariano) e perguntam qual o meu prato preferido. Na realidade, o meu prato preferido é uma boa pasta, com azeite e alho polvilhada de parmesão mas as pessoas ficariam certamente muito surpresas quando digo que ficaria satisfeito com uma refeição assim, à semelhança de quando me perguntam o que é que eu gosto de beber e eu respondo "Água", talvez o meu discurso crie uma falsa imagem de sofisticação que no que diz respeito à comida é francamente inexistente. Isto não quer dizer que eu não goste de requinte culinário, mas em retrospectiva acho que seria daquelas coisas que não seria constrangedor se tivesse que abdicar.
Hoje esperam-me experiências numa lasanha calabresa versão vegetariana, quando li lasanha e ovos cozidos na mesma receita bati palminhas (mentalmente, senão creio que aquela aparência de sanidade ia mesmo por água abaixo) e meti na minha to-do list de hoje.
Em breve, vemos se a lasanha calabresa destrona a minha primeira "criação" (cough cough) de espinafres.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Estuque de manhã, caso contrário perguntam-me se morri e ninguém me disse nada.
Não um regresso à blogaria, mas um post para uma comunidade de beleza online onde no outro dia se discutia o que usar no Verão em termos de maquilhagem.

Não obstante, eu não posso dar-me por insatisfeito no que diz respeito à minha rotina diária, sim produtos novos são um vício e sim nunca estamos satisfeitos com os resultados obtidos mas considerando que se mantém inalterável desde Fevereiro/Março é um feito épico até porque sendo fiel na minha vida emocional sou completamente promíscuo no que diz respeito à cosmética.
Vamos saltar o prep & priming, até porque as minhas rotinas podem sempre dar para outro post e a aplicação destes produtos é sempre feita em pele perfeitamente hidratada com alguns minutos de intervalo (pelo menos cinco, eu tento) para melhores resultados.




Estamos quase no fim, o meu blush de eleição é o Orgasm da NARS, ultimamente tenho-o usado na sua versão Multiple (em stick) aplicando-o directamente nas maçãs do rosto a partir do tubo e esbatendo com os dedos.
Para finalizar, aplico o Prep + Prime Transparent Finishing Powder/Pressed da M•A•C com o pincel #129 da mesma marca, evitando a zona onde apliquei o Orgasm para não perder o acabamento do produto.
Isto geralmente dura o dia todo sem grandes problemas, mantém sempre um ar perfeitamente natural e só necessito de reaplicar se o dia se prolongar até às altas horas da noite.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
As boazinhas
Ora apetecia-me eu comer qualquer coisa depois de um regresso ao trabalho extenuante (leia-se, passei o dia cheio de sono e andei a arrastar-me e a entupir-me de comprimidos para a dor de cabeça) apeteceu-me chegar a casa e comer um petisco, ala que se faz tarde e fui alegremente ao supermercado, apeteciam-me boazinhas, assim daquelas de comer e chorar por mais, não havia (coisa estranha) e acabei por comprar uma lata de grão que pûs a assar. O grão, não a lata, note-se.
Piadas secas àparte, boazinhas já todos ouvimos falar, sim porque geralmente ouvimos falar, a boazinha é a ingenue do boca-em-boca porque ninguém é assim tão ingénuo e já dizia uma pessoa que eu conheço, a culpa nunca morre solteira.
Ora estava eu em casa (já com o grão no forno) e porque os deuses dão aos seus filhos o que eles querem para os castigar, tocava o meu telefone de alguém que me liga não para perguntar se eu estou bem, se preciso de alguma coisa ou então para dizer que tinha saudades de falar comigo, claro está ligou para pedir uma coisa e claro está, para me dar uma boazinha.
A conversa parecia tirada de uma telenovela circa early nineties "Olha, eu não sabia que se podiam enviar mensagens anónimas pelo telemóvel!", na minha cabeça começou logo a tocar a faixa do "Ah não, todas as pitas e mais algumas sabem fazer isso, mas pronto vá!" e depois passou alegremente para me contar a vida de uma pessoa que eu nunca vi mais gorda e que não sei até que ponto é que gostaria de ter a sua vida partilhada comigo (não fosse ela parar aqui) mas carga nisso, "ah e tal, é uma miúda, super boa miúda", e eu pensei "Hmmmm, boazinha, há tanto tempo, como é que ele sabia?" e continuou para o "Ela quis ajudá-lo, porque é boa miúda", e sim claro que é boa miúda senão não seria uma boazinha e não estaria neste momento a escrever isto "e ele é um desiquilibrado", e depois eu pensei "Mas porque é que as boazinha se metem sempre com estes fulanos?", mas não ficou por aqui porque como eu não estava suficientemente impressionado com o teor da história passou de desiquilibrado para "louco, atrasado, pé rapado, não tem nada", embora cá para mim eu pensasse "Bem, tem dinheiro para telemóvel, para o carregar de forma a poder enviar mensagens" e isto continua sempre com enormes colheradas de "miúda incrível, só queria ajudar, depois claro deu-lhe para trás" e se eu fizesse uma lista da história do início ao fim tinha acabado com pelo menos duas protagonistas (uma assim-assim, outra mais boazinha) e pelo menos três vilões.
A sério, alguém conhece assim uma que seja tão boazinha? Mesmo? Ou preciso de usar este adjectivo para justificar a estupidez de alguém que conhecem?
Piadas secas àparte, boazinhas já todos ouvimos falar, sim porque geralmente ouvimos falar, a boazinha é a ingenue do boca-em-boca porque ninguém é assim tão ingénuo e já dizia uma pessoa que eu conheço, a culpa nunca morre solteira.
Ora estava eu em casa (já com o grão no forno) e porque os deuses dão aos seus filhos o que eles querem para os castigar, tocava o meu telefone de alguém que me liga não para perguntar se eu estou bem, se preciso de alguma coisa ou então para dizer que tinha saudades de falar comigo, claro está ligou para pedir uma coisa e claro está, para me dar uma boazinha.
A conversa parecia tirada de uma telenovela circa early nineties "Olha, eu não sabia que se podiam enviar mensagens anónimas pelo telemóvel!", na minha cabeça começou logo a tocar a faixa do "Ah não, todas as pitas e mais algumas sabem fazer isso, mas pronto vá!" e depois passou alegremente para me contar a vida de uma pessoa que eu nunca vi mais gorda e que não sei até que ponto é que gostaria de ter a sua vida partilhada comigo (não fosse ela parar aqui) mas carga nisso, "ah e tal, é uma miúda, super boa miúda", e eu pensei "Hmmmm, boazinha, há tanto tempo, como é que ele sabia?" e continuou para o "Ela quis ajudá-lo, porque é boa miúda", e sim claro que é boa miúda senão não seria uma boazinha e não estaria neste momento a escrever isto "e ele é um desiquilibrado", e depois eu pensei "Mas porque é que as boazinha se metem sempre com estes fulanos?", mas não ficou por aqui porque como eu não estava suficientemente impressionado com o teor da história passou de desiquilibrado para "louco, atrasado, pé rapado, não tem nada", embora cá para mim eu pensasse "Bem, tem dinheiro para telemóvel, para o carregar de forma a poder enviar mensagens" e isto continua sempre com enormes colheradas de "miúda incrível, só queria ajudar, depois claro deu-lhe para trás" e se eu fizesse uma lista da história do início ao fim tinha acabado com pelo menos duas protagonistas (uma assim-assim, outra mais boazinha) e pelo menos três vilões.
A sério, alguém conhece assim uma que seja tão boazinha? Mesmo? Ou preciso de usar este adjectivo para justificar a estupidez de alguém que conhecem?
sábado, 16 de junho de 2012
Vamos cortar o cabelo
Quando eu decidi deixar crescer o cabelo convenceste-me a mudar de cabeleireiro, "o cabelo comprido dá muito mais trabalho, tem que estar sempre bem cortado", de dois em dois meses lá íamos, tu aproveitavas e cortavas umas pontas, havia sempre direito a dois dedos de conversa com as cabeleireiras e eu nunca aprendi a conduzir até lá sozinho, parecia anedótico mas até eu com o meu terrível sentido de orientação em tantos anos podia ter aprendido, mas era a nossa ida ao cabeleireiro que ambos detestávamos e que ambos sempre insistíamos em não nos secarem o cabelo com secador. Tu é que me desabituaste daquele vício horrendo que era lavar o cabelo todos os dias. Tu é que desabituaste de passar o tempo com o cabelo amarrado.
Quando ao fim de sete anos de cabelo comprido eu decidi cortar drasticamente, tu estavas lá comigo e escolhemos o corte juntos e toda a gente adorou.
Desde Fevereiro que não corto o cabelo, desde Abril que digo que tenho que o cortar e nunca mais o cortei.
Na terça-feira tinha escolhido um cabeleireiro novo, tinha marcado para as 17:30. Ao fim de quinze minutos à espera descobri que o stylist tinha a mãe no hospital e tinha saído a correr, respirei fundo e fui-me embora, entrei noutro, disseram-me que já não me conseguiam cortar o cabelo naquele dia, que tal na quinta-feira? Eu respondi não, fui tão seco que tenho a certeza que quem me ouvisse pela primeira vez acharia que eu era incrivelmente mal-educado.
Comi um gelado de duas bolas, pistachio e tarte de limão merengada, a tarte que me ensinaste a fazer ainda que eu tenha alterado a receita, apaixonei-me por aquela tarte porque ma fizeste.pela primeira vez, hoje toda a gente come a que eu faço com paixão e delira e eu partilho a história da cozinheira francesa de quem conseguiste a receita, um pouco de cada vez a vê-la às escondidas até que a Noemie gritava "Sortez de ma cuisine, fils de pute!" que a torna cada vez mais mágica.
A minha tarte de maçã nunca mais a voltei a fazer, tu eras a sua fã número um...
Voltei para casa, amuado e chorei porque nunca mais vens comigo cortar o cabelo, nunca mais me vais ajudar a escolher um corte, nunca mais me vais dar na cabeça porque já devia ter ido cortar as pontas, ou devia ter começado a tomar as vitaminas na Primavera, dei-te as minhas porque me esquecia sempre e tu adoravas o teu cabelo, nunca as conseguiste começar a tomar.
Dizem-me que o tempo tudo ajuda a superar, digo-me todos os dias que parte de ti está sempre comigo, mas todos os dias me lembro que perdi a minha irmã.
Quando ao fim de sete anos de cabelo comprido eu decidi cortar drasticamente, tu estavas lá comigo e escolhemos o corte juntos e toda a gente adorou.
Desde Fevereiro que não corto o cabelo, desde Abril que digo que tenho que o cortar e nunca mais o cortei.
Na terça-feira tinha escolhido um cabeleireiro novo, tinha marcado para as 17:30. Ao fim de quinze minutos à espera descobri que o stylist tinha a mãe no hospital e tinha saído a correr, respirei fundo e fui-me embora, entrei noutro, disseram-me que já não me conseguiam cortar o cabelo naquele dia, que tal na quinta-feira? Eu respondi não, fui tão seco que tenho a certeza que quem me ouvisse pela primeira vez acharia que eu era incrivelmente mal-educado.
Comi um gelado de duas bolas, pistachio e tarte de limão merengada, a tarte que me ensinaste a fazer ainda que eu tenha alterado a receita, apaixonei-me por aquela tarte porque ma fizeste.pela primeira vez, hoje toda a gente come a que eu faço com paixão e delira e eu partilho a história da cozinheira francesa de quem conseguiste a receita, um pouco de cada vez a vê-la às escondidas até que a Noemie gritava "Sortez de ma cuisine, fils de pute!" que a torna cada vez mais mágica.
A minha tarte de maçã nunca mais a voltei a fazer, tu eras a sua fã número um...
Voltei para casa, amuado e chorei porque nunca mais vens comigo cortar o cabelo, nunca mais me vais ajudar a escolher um corte, nunca mais me vais dar na cabeça porque já devia ter ido cortar as pontas, ou devia ter começado a tomar as vitaminas na Primavera, dei-te as minhas porque me esquecia sempre e tu adoravas o teu cabelo, nunca as conseguiste começar a tomar.
Dizem-me que o tempo tudo ajuda a superar, digo-me todos os dias que parte de ti está sempre comigo, mas todos os dias me lembro que perdi a minha irmã.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Entrevista de Verão, sem desafios
Num mundo mágico do Canal Panda onde os memes de internet são partilhados livremente, um jornalista que não existe quis perceber porque é que eu não sou um amante do verão.
J: O verão sempre foi uma altura mágica para as crianças, como era o verão na tua infância?
E: Na realidade eu do verão gostava apenas porque estava de férias. Era dividido entre a praia e Vila Nova de Cerveira, a terra dos meus avós paternos onde eu passava enormes secas e tinha que vir artilhado de distracções como bandas desenhadas, um vídeo e mais tarde a consola Megadrive. Recordo com carinho a minha ida a Paris com oito anos com o meu irmão de 17 mas que gostei porque não envolvia nem praia nem campo.
J: Se o verão fosse uma cor, qual seria?
E: As mesmas cores que me rodeiam sempre, o preto, o encarnado e o branco que são as minhas cores de eleição.
J: E o que é que nunca pode faltar?
E: Ar condicionado, especialmente porque raramente tiro férias no verão e trabalhar sem uma temperatura controlada levar-me-ia à loucura.
J: De forma sucinta, já que não és amante do verão, o que é que não suportas?
E: Em primeiro lugar, as interrupções nas minhas séries de televisão, sou um consumidor voraz de ficção televisiva e ainda que duas ou três séries que eu gosto sejam no verão como True Blood ou Drop Dead Diva, tudo o resto fica em hiato e sinto-me como um viciado a ressacar. Também detesto o calor, mas isso é mais do que óbvio.
J: Há algum segredo de verão que queiras revelar?
E: Relevante? Nem por isso, mas posso confessar que quando vou uma ou outra vez à praia até gosto mas raramente admito.
J: Qual é o calçado preferido do verão?
E: Os meus queridos sapatos pretos e clássicos, não gosto de sandálias, alpercatas e ténis só uso uma vez numa lua azul.
J: No Verão o que é que usas para saciar a tua sede?
E: O mesmo que no resto do ano, adoro água, sempre natural e sempre em doses abundantes. Mas uma sangria de champanhe com frutos vermelhos é excelente para partilhar com os amigos.
J: Quais as melhores festas, arraiais ou festivais de verão?
E: Não sei, temos que perguntar a alguém que vá a festas, arraiais ou festivais.
J: Qual é a tua dica para o cabelo perfeito de verão?
E: Lavá-lo. *risos* O mais provável é usar algo que eu possa apenas meter um pouco de espuma, passar com os dedos e seguir.
J: O que fazes numa manhã de verão?
E: Levanto-me, bebo o meu café com leite, demoro tempos infinitos a arranjar-me e vou trabalhar enquanto rogo pragas ao calor.
J: E nas tardes?
E: As tardes para mim no verão começam por volta das seis e meia, antes disso (e pressupondo que não estou a trabalhar) não combinem nada comigo, vou sempre arranjar uma desculpa maravilhosa para fazermos o mesmo mas mais tarde, gosto das esplanadas regadas de muita conversa.
J: E as noites?
E: Continuo alegremente a rogar pragas ao calor que não me deixa dormir e me irritar profundamente.
J: O que mais gostas de comer no verão?
E: Quando não é no verão é em todas as outras estações, adoro gelados, sejam tradicionais ou industriais adoro comer gelados desde que não sejam de chocolate que é sempre o último sabor do vento na arte da gelataria.
J: Há pouco confessavas que até não odiavas a praia assim tanto, qual a praia de eleição?
E: Nego tudo, mas numa remota hipótese confessaria que gosto das praias de Tróia.
J: E a tua toalha de praia?
E: Por norma é emprestada.
J: E o fato de banho, também é emprestado?
E: Não, esse é Calvino Klein e rosa choque que a grande maioria das pessoas acha que não existe mas que na realidade é a única cor que fica bem com o meu ar pálido e depois quando sou beijado pelo sol (a contragosto, porque amo a minha palidez) continua a ficar bem.
J: Já suspeito que não foram na praia, mas quais foram as tuas melhores férias de verão?
E: Não foram na praia, mas foram perto da praia, em San Diego na Califórnia onde fui assumir-me como um grande geek na Comicon, foi um sonho concretizado e onde guardo muitas memórias.
J: E esses amores de verão?
E: Agradeço como se aceitasse, mas nunca tive um grande amor de verão, os meus amores sempre percorreram as estacões todas.
J: E como passarias um dia no campo no verão?
E: Provavelmente com algo tecnológico que me fizesse abstrair de ser verão e de eu estar no campo.
J: Quais são as tuas leituras de verão?
E: São várias, agora estou a ler o "The Buddha in the Attic" da Julie Otsuka mas leio sempre o mais recente capítulo nas aventuras do Harry Dresden que é escrito pelo Jim Butcher e sai sempre no verão.
J: Tens algo estranho que tenhas visto num dia de verão?
E: Até tenho mais do que uma, mas a mais interessante foi uma mulher do Texas que estava no mesmo hotel que eu em Washington e primeiro começámos por manifestar o nosso desagrado por sermos tratados como leprosos porque fumávamos e acabámos a trocar receitas de pound cake. Ela loiríssima, com baton laranja e eu de cabelo comprido e eyeliner, parecíamos dois universos opostos a entrar em colisão. Foi estranho certamente para quem nos viu.
J: O verão para ti cheira a quê?
E: O verão para mim cheira sempre a Beyond Paradise da Estée Lauder, é o meu perfume de verão de eleição ou então XVIII La Lune de D&G.
J: E um som do verão?
E: As cigarras, de noite, que nunca me deixavam dormir quando ia para a terra dos meus avós.
J: Há pouco quando te perguntei pela comida no verão, julguei que ias responder com algum tipo de fruta. Há alguma que ames nesta altura?
E: Sim, a manga, sempre a manga, sumarenta e deliciosa ou o tomate comido como se fosse uma maçã.
J: Qual a escolha para óculos de sol?
E: São vintage (velhos em trendy) e Cartier mas estou sempre a esquecer-me deles em casa.
J: E uma sombra no verão?
E: Huh?! Não percebi.
J: Estamos a chegar ao fim, e uma paisagem no verão?
E: Eu sou um bicho da selva urbana, NYC ao entardecer, conheci-a no verão e hei-de sempre lembrar-me dela assim, no verão. Ainda que a prefira no inverno.
J: Tens alguma palavra que defina o verão ou este desafio?
E: O verão? Laguna, é o nome da cor do meu bronzer que uso esporadicamente. Este desafio fez lembrar as perguntas e respostas de um daqueles programas de início de tarde de fim-de-semana .
J: O verão sempre foi uma altura mágica para as crianças, como era o verão na tua infância?
E: Na realidade eu do verão gostava apenas porque estava de férias. Era dividido entre a praia e Vila Nova de Cerveira, a terra dos meus avós paternos onde eu passava enormes secas e tinha que vir artilhado de distracções como bandas desenhadas, um vídeo e mais tarde a consola Megadrive. Recordo com carinho a minha ida a Paris com oito anos com o meu irmão de 17 mas que gostei porque não envolvia nem praia nem campo.
J: Se o verão fosse uma cor, qual seria?
E: As mesmas cores que me rodeiam sempre, o preto, o encarnado e o branco que são as minhas cores de eleição.
J: E o que é que nunca pode faltar?
E: Ar condicionado, especialmente porque raramente tiro férias no verão e trabalhar sem uma temperatura controlada levar-me-ia à loucura.
J: De forma sucinta, já que não és amante do verão, o que é que não suportas?
E: Em primeiro lugar, as interrupções nas minhas séries de televisão, sou um consumidor voraz de ficção televisiva e ainda que duas ou três séries que eu gosto sejam no verão como True Blood ou Drop Dead Diva, tudo o resto fica em hiato e sinto-me como um viciado a ressacar. Também detesto o calor, mas isso é mais do que óbvio.
J: Há algum segredo de verão que queiras revelar?
E: Relevante? Nem por isso, mas posso confessar que quando vou uma ou outra vez à praia até gosto mas raramente admito.
J: Qual é o calçado preferido do verão?
E: Os meus queridos sapatos pretos e clássicos, não gosto de sandálias, alpercatas e ténis só uso uma vez numa lua azul.
J: No Verão o que é que usas para saciar a tua sede?
E: O mesmo que no resto do ano, adoro água, sempre natural e sempre em doses abundantes. Mas uma sangria de champanhe com frutos vermelhos é excelente para partilhar com os amigos.
J: Quais as melhores festas, arraiais ou festivais de verão?
E: Não sei, temos que perguntar a alguém que vá a festas, arraiais ou festivais.
J: Qual é a tua dica para o cabelo perfeito de verão?
E: Lavá-lo. *risos* O mais provável é usar algo que eu possa apenas meter um pouco de espuma, passar com os dedos e seguir.
J: O que fazes numa manhã de verão?
E: Levanto-me, bebo o meu café com leite, demoro tempos infinitos a arranjar-me e vou trabalhar enquanto rogo pragas ao calor.
J: E nas tardes?
E: As tardes para mim no verão começam por volta das seis e meia, antes disso (e pressupondo que não estou a trabalhar) não combinem nada comigo, vou sempre arranjar uma desculpa maravilhosa para fazermos o mesmo mas mais tarde, gosto das esplanadas regadas de muita conversa.
J: E as noites?
E: Continuo alegremente a rogar pragas ao calor que não me deixa dormir e me irritar profundamente.
J: O que mais gostas de comer no verão?
E: Quando não é no verão é em todas as outras estações, adoro gelados, sejam tradicionais ou industriais adoro comer gelados desde que não sejam de chocolate que é sempre o último sabor do vento na arte da gelataria.
J: Há pouco confessavas que até não odiavas a praia assim tanto, qual a praia de eleição?
E: Nego tudo, mas numa remota hipótese confessaria que gosto das praias de Tróia.
J: E a tua toalha de praia?
E: Por norma é emprestada.
J: E o fato de banho, também é emprestado?
E: Não, esse é Calvino Klein e rosa choque que a grande maioria das pessoas acha que não existe mas que na realidade é a única cor que fica bem com o meu ar pálido e depois quando sou beijado pelo sol (a contragosto, porque amo a minha palidez) continua a ficar bem.
J: Já suspeito que não foram na praia, mas quais foram as tuas melhores férias de verão?
E: Não foram na praia, mas foram perto da praia, em San Diego na Califórnia onde fui assumir-me como um grande geek na Comicon, foi um sonho concretizado e onde guardo muitas memórias.
J: E esses amores de verão?
E: Agradeço como se aceitasse, mas nunca tive um grande amor de verão, os meus amores sempre percorreram as estacões todas.
J: E como passarias um dia no campo no verão?
E: Provavelmente com algo tecnológico que me fizesse abstrair de ser verão e de eu estar no campo.
J: Quais são as tuas leituras de verão?
E: São várias, agora estou a ler o "The Buddha in the Attic" da Julie Otsuka mas leio sempre o mais recente capítulo nas aventuras do Harry Dresden que é escrito pelo Jim Butcher e sai sempre no verão.
J: Tens algo estranho que tenhas visto num dia de verão?
E: Até tenho mais do que uma, mas a mais interessante foi uma mulher do Texas que estava no mesmo hotel que eu em Washington e primeiro começámos por manifestar o nosso desagrado por sermos tratados como leprosos porque fumávamos e acabámos a trocar receitas de pound cake. Ela loiríssima, com baton laranja e eu de cabelo comprido e eyeliner, parecíamos dois universos opostos a entrar em colisão. Foi estranho certamente para quem nos viu.
J: O verão para ti cheira a quê?
E: O verão para mim cheira sempre a Beyond Paradise da Estée Lauder, é o meu perfume de verão de eleição ou então XVIII La Lune de D&G.
J: E um som do verão?
E: As cigarras, de noite, que nunca me deixavam dormir quando ia para a terra dos meus avós.
J: Há pouco quando te perguntei pela comida no verão, julguei que ias responder com algum tipo de fruta. Há alguma que ames nesta altura?
E: Sim, a manga, sempre a manga, sumarenta e deliciosa ou o tomate comido como se fosse uma maçã.
J: Qual a escolha para óculos de sol?
E: São vintage (velhos em trendy) e Cartier mas estou sempre a esquecer-me deles em casa.
J: E uma sombra no verão?
E: Huh?! Não percebi.
J: Estamos a chegar ao fim, e uma paisagem no verão?
E: Eu sou um bicho da selva urbana, NYC ao entardecer, conheci-a no verão e hei-de sempre lembrar-me dela assim, no verão. Ainda que a prefira no inverno.
J: Tens alguma palavra que defina o verão ou este desafio?
E: O verão? Laguna, é o nome da cor do meu bronzer que uso esporadicamente. Este desafio fez lembrar as perguntas e respostas de um daqueles programas de início de tarde de fim-de-semana .
sábado, 9 de junho de 2012
Is it weird that I hate Summer?
Os acontecimentos das últimas semanas fizeram com que a minha vontade de escrever fosse pouca (ou nenhuma) e antes de mais este post (cheira-me) é uma tentativa de voltar a escrever sobre coisa nenhuma numa tentativa de trazer a minha normalidade à tona para ver se não se afoga.
Há milhares de memes na internet com perguntas e afins (eu comecei um dos Sete Pecados da Beleza onde neste momento me estou a dedicar à preguiça) e na grande maioria das vezes, as pessoas encontram um que lhes serve como forma de desenferrujar a escrita e colocam nos seus blogues, alguns são vistos de uma forma mais séria como "Daring Bakers" ou "Baked Sunday Mornings" que implicam fazer alguma receita e publicar num dia específico, nunca me juntei a essas grupos porque... sou preguiçoso mas sigo-os e admiro a sua disciplina.
Há um que ainda pela blogaria portuguesa chamado "As Amantes do Verão" que para já eu aplaudo por seguir a filosofia da MAC (All Races, All Ages, All Sexes)... hmm, espera... "as"... crap. Aplaudo pela descriminação de género porque é preciso tê-los no sítio para excluir assumidamente (embora, as autoras não tenham nada fisicamente no sítio, por favor não me processem por calúnia, obrigado, não esperem, não quer dizer que não estejam em forma, apenas sublinho que tê-los se refere a genitália masculina... crap) mas juntam-se às hostes de blogues de tachos que começam os posts por "olá meninas" que não só aprecio por infantilizar o seu público como automaticamente me trocam o sexo, mas adiante: Este desafio tinha ao que me quis parecer regras específicas para inscrição e regras de publicação e eis que, algures alguém no mundo mágico da internet, não se inscreveu a tempo e horas e se assumiu como uma participante. Sim, verdade há gente mesquinha e má para tudo, para pegar em trinta perguntas e publicar, isto só mostra que a internet está cheia de gentinha cujo o único prazer é destruir os projectos dos outros... desculpem, eu deixei o botão do sarcasmo ligado.
Seguiu-se um acto tipicamente trollesco e internético em que uma das criadoras do desafio deixou em todos os posts da Cruella DeVille, perdão da autora não inscrita, com uma mensagem seca a dizer-lhe que não só ela não estava oficialmente inscrita como pediam que fizesse um disclaimer como se uma mensagem no repeat ou algo digno de um filme de terror asiático em que a dada altura um monstro saltaria do monitor assassinando a blogger incauta que se apropriou do desafio.
E eis que vem agora o meu disclaimer:
Não conheço nenhuma das autoras (criadoras ou a pérfida não inscrita) as minhas opiniões e conclusões basearam-me no que li online nos dois blogs, portanto antes de escreverem que não sei da missa a mitade, então publiquem-na, até lá mantenho-me assim.
Não sou uma amante do Verão por deficiência de género, peço que respeitem, o sexo masculino é uma condição deveras grave.
Já agora, também não sou um amante do Verão, é estação que não me seduz, sou e sempre serei um filho do Inverno.
Não estou inscrito no desafio, a data de inscrição era até dia 27 de Maio e eu optei por ver Mob Wives e distraí-me.
Vou responder às questões do desafio num post futuro em tom de entrevista parva para ironizar o facto de que não gosto do Verão e estou mortinho por Outubro.
As perguntas do desafio e as respectivas regras vêm daqui.
Não estão em pulgas com as minhas respostas, todo eu sou uma excitação mas agora vou tomar banho que se faz tarde.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Com texto mas sem contexto
Com o fim das temporadas televisivas, temos que arranjar algo para nos entreter, eu bem tentei macramê mas confesso que a minha dislexia assola-me e aquilo mais parece algo que veio dar à costa de um naufrágio do que propriamente algo onde eu possa pendurar um vaso.
Quando temos um blog onde optamos por partilhar pequenos momentos das nossas vidas, uma das vantagens é o feedback dos nossos leitores que podem ou não ser amigos mas que daquilo que vão conhecendo ou descobrindo podem sempre opinar na (bem ou mal?!?)dita caixa de comentários.
Entramos no mundo mágico da distorção em que podemos gritar LOBO! LOBO! Fulano tal foi mau para mim! E automaticamente temos as hostes a dizer "Gentinha pá, sem nada para fazer!" ou então a minha personal favorite "É tudo uma cambada de invejosas.", mas aqui o desafio é lerem três vezes o texto e pensarem bem: "Tenho aqui todos os elementos que me permitem fazer uma avaliação imparcial?", na maioria das vezes não temos, temos um descarregar de agruras e frustrações que são tecidas de forma a mostrarem o lado do pano que mais convém e sim, no mundo fantástico do online, se eu tiver dois dedos de testa eu consigo fazer com que a opinião dos outros vá de encontro ao que eu pretendo. Mas tem sumo? Não, apenas teço e volto a compor um belo ramalhete mito-maníaco onde um grupo de desconhecidos ergue as bandeiras em prol da minha cruzada, mesmo sem saber porque razão as estão a erguer, mas erguem (resta saber se por solidariedade real ou também eles um grupo de pessoas que nos passa a mão pelo pêlo num compromisso que na próxima vez que gritarem LOBO, também nós estaremos lá para eles.
Este tipo de comportamento agradeço como se aceitasse, vejo-o como um belo embrulho que demorou horas a fazer e que depois de aberto me mostra uma embalagem completamente vazia ou então água com sabores, que não é água, não é sumo, é qualquer coisa que posso beber naquele momento mas que não me satisfaz mas é melhor que nada.
Situações há em que todo aquele entrelaçar de estórias sem história poderiam ser desmistificadas num estalar de dedos, mas já que é tudo ad captandum vulgus, esperemos que o povo não se rebele quando vislumbrar o que está sob o véu. Eu já comprei uns saquinhos de pipocas.
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