Desde Outubro que já deito o Natal pelos olhos, lembro-me que em criança aquele período entre 8 de Dezembro e 6 de Janeiro era único, antecipava as férias, o decorar da casa, o ver os presentes à volta da árvore, agora?
Agora temos a grande Hécate que me ajuda a decorar a árvore (ou pelo menos a tirar as coisas das caixas) e um dever que me assiste de prolongar um ritual que cada vez mais se marca pelas ausências. Se me dissessem, quando eu tinha oito anos que o Natal ia ser assim tinha pensado que eram doidos mas é dever das crianças não acreditarem nas certezas dos adultos.
Apetecia-me ter um comando com flash forward para o passar em frente ou que me deixassem passar o dia na cama a ver algo ridiculamente televisivo e vazio numa festa que pouco encanto me traz.
E não venham com "Bah, não sejas Grinch.", não sou de todo, é-me indiferente e uso-o como uma desculpa para cozinhar qualquer coisa que não costumo fazer e comer lampreia de ovos ou Pandoro (sim porque o Pannetone não me assiste), provavelmente vou ver o Gone With the Wind outra vez e na quarta vou trabalhar, e penso que só faltarão três dias para ir de férias.
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