Não vou mencionar aqui o nome da barbearia que não permite a entrada a mulheres, não vou dizer que concordo com a manifestação que ocorreu na dita.
O que eu não concordo é com discriminação com base em género.
Podem dizer-me que é um espaço inócuo, que não tem mal nenhum, que por norma homens e mulheres separam-se para discutir assuntos de homens e mulheres, mas confesso que me incomoda que em 2015 um estabelecimento em Lisboa coloca uma imagem a indicar que as mulheres não podem entrar naquele espaço.
Não admissão com base em género, etnia ou orientação é anti-constitucional. As pessoas interpretam de forma errada o "Reserva-se o direito de admissão.", existir um sítio que exerça isto de forma discriminatória é errado.
Gostaria que um grupo de mulheres lá entrasse e pedisse o livro de reclamações com base na lei em vigor.
São estas pequenas coisas que nos mostram que não há igualdade de género, etnia, orientação sexual e que vivemos numa sociedade que acha estas pequenas coisas irrelevantes, mas é nas pequenas coisas que vemos coisas maiores.
Também já li sobre a história, e vi o video... e embora consiga perceber até certo ponto que alguém possa considerar ofensivo a sinalética que permite entrada de cães e proibe a de mulheres, acho que foi uma reação desproporcional face a algo que, sinceramente, me pareceu mais uma forma de fazer uma espécie de marketing pelo humor do que uma discriminação "a sério". E, ainda que tivessem alguma razão, não me parece que o modo de agir tenha sido apropriado numa atitude que mais pareceu vandalismo do que defesa de direitos.
ResponderEliminarRelativamente à manifestação eu não escrevi que concordei com ela, aliás exactamente o oposto.
EliminarNão é só a sinalética, as mulheres não podem estar lá.
eu gostei tanto do cão entra, mas mulher não, mas tanto, tanto... estamos no século XXI? tristeza. claro que um grupo de mulheres entrar e pedir o livro não causaria o impacto que causou nas redes. até taco de beisebol tinha o lenhador...
ResponderEliminarA cena do taco de beisebol não sei como a caracterizar, machonas de trazer por casa é um bocado o que me vem à cabeça. E sim, o livro de reclamações não teria tido impacto nenhum a nível de media, ainda que o aconteceu lhes tenha dado imensa publicidade.
EliminarÉ uma situação deveras ridícula...
ResponderEliminarRidícula e ilegal, houve quem argumentasse que homens e mulheres precisam dos seus espaços próprios mas confesso que em 2015 me cansa as "coisas de meninos" versus "coisas de meninas", é um condicionalismo estúpido que continua a ser feito.
EliminarE, os Ginásios onde só podem entrar mulheres?!
ResponderEliminarFrancisco, se estás a falar do Vivafit, os homens podem entrar e ficar no lobby o que é diferente de nem sequer permitirem a entrada.
EliminarMuito embora haja espaços destinados aos públicos feminino e masculino, prestando serviços dependendo do género, o aviso à porta é claramente inconstitucional por violar o princípio da igualdade contido no artigo 13.º da Constituição da República.
ResponderEliminarÉ algo tão ignóbil que me remontou aos avisos no III Reich, proibindo-se a entrada de judeus.
Sim ou à segregação nos EUA bem mais perto do que o III Reich.
EliminarMais do que tudo, tratou-se e trata-se de um golpe publicitário. E pelos vistos conseguiram ter atenção.
ResponderEliminarNamorado, é inconstitucional e continuo a dizer que é nas pequenas coisas que vamos perdendo.
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