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domingo, 17 de janeiro de 2016

Auto-desajuda

Hoje estava a ler um artigo sobre alguém revoltado com as pessoas que constantemente a relembram nas redes sociais que ela é um fracasso, não ela per se mas todos os que não aderem a todas as modas de auto-ajuda ou life-hacks tipo Paleo e afins.

Eu tento meditar regularmente, tenho fazes em que sou mais bem sucedido que outras, até porque é um reflexo daquilo que me rodeia e nem sempre estou rodeado daquilo que quero. Estou farto do monge que vendeu o Ferrari, estou farto das boas pessoas que só têm bons pensamentos e se afastam de "má energia", se fossem todos para a profissional da copulação que os concebeu era um favor que nos faziam.

Tenho maus dias, tenho péssimos dias, dias em que não tenho necessariamente pensamentos felizes e não me apetece perdoar um imbecil aleatório porque sou uma pessoa, até porque parto do princípio que sou uma pessoa como as outras que tem imensos defeitos como as outras e tenho momentos em faço maus julgamentos e tomo decisões boas.

Façam clisteres com a merda dos smoothies até porque perde-se imenso valor nutricional, não gosto de bagas goji porque me sabem a perda e lamento mas vou continuar com os meus adorados lacticínios.

Neste momento tenho uma alimentação diferente porque estava a comer horrivelmente mas não é isso que faz de mim um polícia da alimentação dos outros, a eles diz respeito, eles são livres e quem me dera que o meu metabolismo fosse rápido o suficiente para comer aquilo que me desse na real gana.

Aproveitando e já que estou a pedir também meter as frases dos pacotes de açúcar no cu, as citações (por vezes atribuídas a autores errados ou que nunca existiram) também só me fazem pensar que eu claramente devo estar a fazer alguma coisa mal porque não me sinto iluminado por aquilo que faz alguém querer ser Yoda em part-time, opá o gajo não sabe conjugar e qualquer dia pareceria aquelas pessoas que escrevem fizes-tes.

E amanhã é segunda-feira... *suspiro*

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Das InterMetes

Estava a ouvir as memórias da Felicia Day (que vou no início e já recomendo profundamente) e comecei a pensar nas amizades da minha adolescência e idade adulta (não tenho amigos de infância) e que muitas das nossas interacções são feitas neste palco que é virtual.

Não sei o que é me entristece mais, se é ver racismo e xenofobia espalhados por uma série de murais ou se é vê-los escritos por amigos meus que caem no discurso fácil do "ah e tal e os nossos ninguém ajuda", ó amores perdoem-me mas eu nunca vos vi a ajudar ninguém. Quando? Onde? Naaah, nunca ajudaram, não se preocuparam com os sem abrigos, com as pessoas vítimas de abuso, com os idosos e viviam contentes na vossa alegre bolha de cenas (também vivo na minha) e já agora meus amores a semana passada era o cadáver do não sei quantos mas agora ah e tal refugiados no meu país é que não... pois... cenas.

Também gosto da cena da infiltração da ISIS, é fofinha, porque aliás a ISIS como nem sequer tem simpatizantes na Europa /sarcasmo vai metê-los em condições extremamente perigosas e há uma série deles a tirar pauzinhos e perceber quem é que vai no bote que pode afundar e morrer, tudo isto para se infiltrarem na Europa na qual não estão infiltrados. Recuso-me a viver pelo mote do medo, já ouvi as mesmas coisas ditas por tantas pessoas sobre outras etnias, sobre a comunidade LGBT, as mulheres e o discurso é sempre o mesmo e é super convincente, a sério que é. Se morrermos todos pela suposta subjugação islâmica eu dou a mão à palmatória e pronto têm razão com direito a fazer nhã nhã nhã e tudo. Mas resumindo: o plano brilhante da ISIS é meter alguns infiltrados no meio de refugiados lançá-los à sorte e se algum sobreviver bora bora destruir a civilização ocidental, tenham paciência.

Ah, o discurso das burkas e da religião vamos esclarecer uma coisa muito bem clara, eu não sou católico, nem não praticamente nem apostólico romano porque não me identifico tem lá uns valores fofinhos pois tem que devemos ser boas pessoas e dar a outra face e o quaralho mas vá cenas eles renegam-me e repugnam-me, eles são a base do KKK, sim porque isto é aquele pensamento de que se todos os muçulmanos são jihadistas todos os judaico-cristãos são KKK... o quê? Não posso fazer este discurso? Então mas vocês... está bem, está bem, não faz sentido nenhum então mas e o vosso? Resumindo outra vez, não sou cristão e não sou ateu e defendo a liberdade de fé de todos porque não quero que alguém olhe para a minha e diga "Epá não gosto daquela, aquela é inconveniente, aquela fala do sagrado feminino e tal... não, não interessa."

Ah, chamem-me bué naif mas eu custa-me a acreditar que alguém sacrifique 3, 5, 15 mil euros (as quantias que já ouvi até agora) para ir viver de um subsídio de 300€ e assim ainda consegues roubar dinheiro a um judaico-cristão português, gurrrrl seriously? Já tive visões infernais de campos de concentração, de coisas horrendas que lhes podem fazer porque honestamente se é para ter medo de alguém então se calhar da Europa que destruiu civilizações, genocídios, colonizou, invadiu, matou, perseguiu, violou e tudo em nome da religião, quantos é que morreram mesmo em nome da Santa Sé? Mas espera, isso foi há muito tempo e agora essas coisa não acontecem e afinal não foram assim tantos que morreram torturados, afogados, enforcados e queimados porque havia menos densidade populacional.

Com isto não quer dizer que eu sou uma pessoa perfeita, considero que num ideal feminista de igualdade a partir do momento que eu vejo o outro abaixo de mim a igualdade não existe.

Refugiados que morrem em êxodo é algo que acontece há décadas, são aos milhares atrevo-me a dizer que morrem no mediterrâneo que são acolhidos nas costas da Sicília mas ninguém se importou, estavam longe das redes sociais e do feice e do instagram. Ma fatemi il piacere.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Toca de Fazer Mudanças


Não que eu ligue muito ao conceito dos pecados mortais mas de facto a preguiça assola-me constantemente (tirando os outros todos mas vá) e até no mundo mágico do online eu sou preguiçoso.

Seguir blogs através de uma conta, escrever no meu através de outra, fazer o pino, cambalhotas, publicá-los em redes sociais, que canseira. Portanto e porque seguindo uma filosofia de que "não há tempo", decidi fazer as malinhas e colocar os sabores aqui.

Para os que já lêem os sabores sabem que plus ça change, plus c'est la même chose, ou seja... mais do mesmo, falo do que me apetece não porque me perceba grande coisa mas porque gosto de falar e de contar, tenho em mim alma de racounter, por isso aos que já voam comigo dentro de instantes irá ser servida uma refeição ligeira, aos que vão embarcar, espero que se divirtam.

Os Sabores do Vento falam de sabores, de tachos, de bolos, biscoitos, bolachas e desventuras de um ovo-lacto-vegetariano por um Portugal onde me perguntam se eu como fiambre mas eu não levo a mal.

Também falamos de televisão (ah, esse eterno vício que destrói toda e qualquer aspiração hipster ou intelectualóide que eu pudesse vir a ter) onde eu vejo não tudo, mas quase (excepto CSI, não quero saber se é bom, não vejo CSI, já vejo que chegue), falo de cosmética porque tenho um cantinho no meu coração dedicado ao betume, portanto não se admirem se volta e meia aparecer um texto com "na minha sacola agora está sempre ", também falo das minhas idas ao supermercado, coisas que se passam nas filas, nos transportes públicos, possidonices que vou ouvindo aqui e ali.

Falo de espiritualidade(s) quando não me apetece comer só as batatas, não de forma demagógica, nem pedagógica, nem astrológica, mas há pérolas como "O Guru do Engate" que têm que ser devidamente contextualizadas, não... aqui não se aprende nada mas também não se ensina nada (agora com sabor a chocolate e manteiga de amendoim).

Não percam também as aventuras de Miga Mágica, a heroína que a Margarida Rebelo Pinto tentou afogar juntamente com uma ninhada de gatinhos (metaforicamente) mas que eu adoptei e levei-a nas asas do vento.

Façam o favor de manter os cintos apertados enquanto o sinal estiver ligado e acima de tudo relaxem, vai começar não tarda nada um filme com a Julia Roberts ou com animaizinhos, há sempre nos aviões um filme com animaizinhos.