quinta-feira, 25 de abril de 2013

This is the beginning of the record you like

Estou de férias, finalmente... *olha para a data*, não vou escrever sobre o feriado, não é propriamente o meu estilo.




Não tenho propriamente grandes planos para as férias, ontem perguntavam-me "Desta vez vais para onde?" e eu respondi "Fico em Lisboa.", apetece-me bezerrar e dormir até tarde, ouvir uma série de livros (como "Jonathan Strange & Mr. Norrel") que já queria pegar nele há anos e adiei sempre, mas graças à Margarida, o audio já cá canta. Tenho também o proof reading de um livro de um amigo meu, o sempre talentoso Luís Filipe Alves que escreveu o "Ouve-me" e para quem queria bezerrar até tenho várias coisas para fazer. Além disso no dia 7 de Maio sai o último volume da Sookie Stackhouse pela Charlaine Harris, o "Dead Ever After" que leio sempre com um travo amargo na boca, ler o último livro de uma série é sempre um processo semi-triste, finalmente o nosso herói (ou heroína) chegam ao fim mas depois fico cheio de saudades deles porque nunca mais vou ler algo de novo, como se perdesse um amigo do qual só ficam memórias. Foi assim com a Georgina Kincaid da Richelle Mead que provavelmente foi uma das heroínas de fantasia urbana que mais me tocou e vai ser assim com a Sookie de certeza, vou sentir saudades de Bon Temps, ainda que a qualidade dos últimos livros seja discutível.

Ah, o vídeo do RuPaul, é só para mostrar o meu mau gosto de músicas com autotune.

sábado, 20 de abril de 2013

Bread Pudding for Diane

Diane era prima de um amigo meu, estávamos sempre juntos quando ia aos EUA, comprou-me a primeira Mimosa pelo meu aniversário num brunch animado.

Lembro-me dela no restaurante tailandês, onde me pedia dicas de maquilhagem e partilhávamos histórias de férias passadas.

Mais uma que lutou contra o cancro e perdeu, tinha a mesma idade da minha querida irmã, infelizmente o seguro não lhe pagou a cirurgia, nem sequer o internamento, relegando-a a casa já cega por efeitos secundários de uma medicação experimental que tomou como última tentativa.

Hoje estava fazer bread pudding com pain au chocolat quando recebi a notícia por e-mail.

Já o esperava infelizmente, nos últimos dias recebia cuidados paliativos e eu esperava que ela sofresse o menos possível.

Hoje, se estivesse perto, teria visitado a família como fiz outrora numa perda semelhante e teria levado o bread pudding, na tradição da partilha de comida para que a família mais próxima não tenha que se preocupar com a elaboração de refeições nos dias seguintes.

Descansa em paz Diane...

Ouch ouch ouch

Sempre fui um pouco trapalhão, estou sempre a tropeçar, deixar cair coisas e lembro-me de que quanto tinha catorze anos, os meus colegas apostavam se eu caía antes ou depois da hora do almoço.

O tom original deste post era uma paródia à violência doméstica, mas na realidade não me parece que seja um tópico que mereça uma paródia, acho que há temáticas que nem o meu mau gosto toca.

Na quinta-feira, ia tirar a minha mala e não sei como é que fiz, levei com ela na cara e o canto do iPad bateu-me no olho, depois de dois minutos a ver estrelas (ou peixes), reparei que tinha um mini-golpe e uma dor de cabeça.

Confesso que no meu momento mais fútil, a minha maior preocupação seria se ficava com um olho negro, teria que o disfarçar meticulosamente com maquilhagem caso contrário acho que ninguém no emprego iria a acreditar "Ah e tal, puxei a mala e levei com o iPad na cara."!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O post que nunca mais saía

Já é para aí a terceira vez que eu tento escrever este post e acontece sempre qualquer coisa.

Eu tenho uma péssima relação com médicos e hospitais, depois de um incidente traumático quando tinha 16 anos, só o cheiro me põe num estado de ansiedade. Se porventura eu digo a alguém próximo "Vou ao médico.", as pessoas pensam que é algo que me preocupa. Antes que pensem que eu estou muito doente, nem por isso mas o facto é que a minha pele anda incrivelmente irascível e voltei a marcar uma consulta na dermatologista. Antes de ir, porque sou assolado por uma onda profética antes de ir ao médico, disse "Vai voltar a receitar-me isotretinoína." e bem dito, bem feito, ela com o seu ar de super tia, pegou-me na mão (não estava assim tão ansioso, mas acho que ela é mais teatral do que eu) e disse "Vai correr tudo bem, vou prescrever isotretinoína.", passei por várias fases, a da irritação (porque este medicamento tem como efeitos secundários extrema secura nos lábios, nariz, olhos e foto-sensibilidade.") a pensar que não estava a resultar (porque estava à espera que ficasse bom ao fim de dois dias) à fase do "RESULTADOS!".

Uma das coisas que me chateia é ficar foto-sensitivo, porque a pele fica vermelha enquanto vou de casa para o trabalho, passear nestes dias solarengos está fora de questão, mesmo que gozem com a minha preguicite e digam "Não é que passeies assim tanto.", mas é a questão do poder de escolha, há o não passear porque não me apetece e há o se passear tenho que meter duas camadas de SPF 50++ e mesmo assim não posso ficar exposto directamente durante muito tempo.

As pessoas com algum bom senso, começam a fazer isto em Setembro e aproveitam os meses de Inverno, eu começo a fazer em Abril.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Lava-te com gasolina e seca-te com um isqueiro




Há coisas pelas quais eu agradeço aos deuses diariamente, uma é a inexistência de redes sociais online na minha adolescência.

Em 1999, uma amiga que vou deixar anónima porque não sei se ela quer que eu a recorde disto levou-me ao concerto dos Kelly Family, não eu não lhe matei o gato sem querer, porque nunca tínhamos ido a um concerto junto e com a minha partida para viver nos EUA, ela queria a memória de um concerto comigo e o único que ia acontecer antes da minha partida seria aquele, que ela gostava e eu... nem por isso. E levou-me ao Armageddon, onde eu adormeci na parte final mas isso já é outra história.

O concerto foi no Parque das Nações e eu decidi fazer limonada daqueles limões e passei o tempo todo a fazer piadas sobre a qualidade da banda, a trocar as letras das músicas (os refrões até um peixe dourado decora) e outras coisas tão tipicamente minhas até a irmã dela me dizer que à nossa frente estava a Presidente do Fã Clube dos Kelly Family em Portugal e que já deitava espuma pela boca. Tirando um ou outro tique nervoso que o meu sentido de humor acetalisílico possam ter gerado, não me aconteceu nada, e por isso eu agradeço aos deuses pela ausência das redes sociais.

As Beliebers em Milão uniram-se contra uma rapariga que foi escolhida para estar com ele no palco e ele dedicar-lhe uma canção (acho que é o ponto alto da coisa se és fã do Biebver), ora reza a história que ela não é grande fã e que foi a única oportunidade de se encontrar com uma amiga (como eu a compreendo, como já viram já fui a um concerto de uma banda que não suporto e tenho bué tesourinhos deprimentes) e quando a comunidade de Beliebers italianas se aperceberam que não era assim grande fã viraram-se contra ela e encheram-na de ameaças (de morte inclusivé) via redes sociais, os pais viram-se encerrados a encerrar contas de Facebooks e afins e inclusivé de desligar o telemóvel.

Ao que parece chegou aos ouvidos da Universal e do Bieber, que ficaram indignados com a revolta das Beliebers e o artista pondera a possibilidade de não voltar a pisar os palcos italianos.

A histeria do Bieber pode ser comparada à dos Tokyo Hotel, etc etc etc chegando aos Beatles, mas não me lembro de uma comunidade de fãs se comportar como este bando de atrasadas mentais.

Não sei qual seria a minha reacção como pai se soubesse que uma filha minha ameaçava de morte uma desconhecida por esta razão, acho que me culpava e pensava onde é que eu teria falhado.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Maldição de "Bones"

Se ainda não perceberam que  eu sou absolutamente viciado em séries de televisão, são recém-chegados  ao blog e eu não tenho falado sobre o assunto, tirando SCI e SUV (eu sei que a sigla não é esta) que não vejo, papo montes delas, incluindo "Bones" que vejo quasi-religiosamente, no entanto devo ter sido amaldiçoado porque quando aparece o cadáver estou sempre a comer, SEMPRE! Seja em que dia for, e a questão não está conscientemente ligada, não é "Vou ver Bones, então deixa cá ir buscar qualquer coisa para roer!", é mais do tipo (como hoje) levanto-me, preparo o pequeno almoço, sento-me, tenho séries para ver e penso "Uuuuuh Bones!", depois há todo aquele momento mágico em que aparece o cadáver antes dos créditos e eu tenho qualquer coisa na boca, há todo um momento de náusea, depois continuo a comer, porque bem, o mal já está feito.

A série tem oito anos... isto acontece-me há oito anos, só posso ter sido amaldiçoado por um dos deuses da televisão, só penso no Deus da Televisão Má, o que não faz sentido porque eu vejo "Mob Wives", portanto já lhe presto um tributo mais do que suficiente (E America's Next Top Model...) para merecer este ritual inconsciente.

Se há alguém que conheça uma cura, deixe na caixa de comentários.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Não escrevo por isto, não escrevo por aquilo!



Sei lá por onde começar, desde a sinusite dos infernos a outros acontecimentos menos brilhantes, a verdade é que tenho conseguido escrever.

Escrevo todos os dias no "Day One" mas são demasiado íntimos para blogar, pouco se aproveitava para colocar aqui, não me parece que as minhas deambulações sobre sinusite, muito trabalho e cansaço fosse coisa que vos fascinasse... espera *lê o primeiro páragrafo*, sim aparentemente não sei escrever sobre muito mais.

Este fim de semana foi atípico, fora da minha rotina, deu para estar com alguns amigos com quem não posso passar tanto tempo como queria e passámos a tarde a fazer banoffee pie, ou pelo menos a minha versão de banoffee pie, ainda que tenha sido (segundo eles) de comer e chorar por mais, ela não ficou como eu queria (sim eu sei, sou muito exigente e por norma digo sempre que estava tudo mal) mas principalmente por uma questão de textura. Na sua próxima versão terei um pudim de banana um pouco mais denso e com uma separação por camada do caramelo salgado, a base foi feita com Kellog's Corn Flakes e é tão maravilhosa que se come por si só até a podes sozinha ou misturada em iogurte grego, por isso vou repeti-la.

Talvez a melhor parte da tarde foi eu dizer que me chamava André no Starbucks... não... ou então quando eu disse na fila do dito que podia ter aquilo na boca o tempo que quisesse mas que não podia engolir (falava da Trident e das suas promessas ocas de 40 minutos de frescura)... não...

O momento mais recompensador foi talvez a consolidação de laços de amizade, amizades recentes (umas mais que outras) mas que sem dúvida fazem toda a diferença, antigamente dizia que era sortudo e tinha muitos amigos, depois a vida ensina-nos e percebo que não são assim tantos e os que tenho são bons, especialmente aqueles com quem nós largamos o escudo do inconfessável e se partilha.

Quando voltar a fazer banoffee, eu digo-vos qual a versão que mais me agrada!