sábado, 27 de fevereiro de 2016

Vous êtes pas Charlie?

Na altura da tragédia que deu origem a um infeliz hashtag, a saber #jesuischarlie, quase todas as chafaricas eram Charlie que tem o direito de fazer humor racista e infeliz, também a saber não sou a favor da censura, apenas não consumo o tipo de humor daquela revista, obrigado mas não obrigado.

Agora com a história do cartaz do BE já ninguém é Charlie.

Então e a liberdade de expressão? Ah... espera, é boa quando nos convém. Matematicamente Jesus teve dois pais se considerarmos a bíblia como referência histórica (vou ali rir e já venho), José assumiu o papel de pai enquanto educador, a concepção imaculada foi pouco mais de "aqui me tens, sou servem cenas" e Maria não teve grande escolha.

Em nada do cartaz diz que Jesus é filho de uma relação gay, get over it.

Proponho aqui um novo hashtag que não deve ter muita adesão. #vousetespascharlie?

#ficaadica

7 comentários:

  1. Como não perfilhei a onda do "Je Suis Charlie", é na boa.

    Ninguém proibiu o BE de publicar o cartaz, ou proibiram? Não. Anda aí a circular.

    Não, ninguém tem dois pais. José não era pai biológico. Foi um tutor, um padrasto, o que lhe queiras chamar. A Bíblia, no que diz respeito às personagens bíblicas, ainda é a melhor referência. Com ou sem risada.

    Pois, ninguém diz que Jesus é filho de uma relação gay, mas os cristãos podem sentir-se na necessidade de dizer, e ninguém pode levar a mal, não é, é tudo tão livre, que nenhum dos "pais" era gay.

    Hmm, eu proponho um hashtag diferente: #sofalodascoisasquandotenhoconhecimentodecausa

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    1. Mas eu escrevi que proibiram? O que me interessa a mim se circula uma coisa à qual não faço menção?

      Não percebi a do conhecimento de causa Mark, o post não é para ti porque se não foste Charlie então não és o foco deste teste, take a chill pill queen.

      Se eu uso a expressão matematicamente estou a ser no mínimo irónico, porque se formos pela via da interpretação de que o espírito santo fecundou Maria a mando de Deus então são três e passa quem sabe a poliamor.

      Não percebo a necessidade dos cristãos dizerem que nenhum dos pais era gay porque o cartaz não o diz, não levo a mal, o meu post é dedicado aos "Charlies" que tanto defenderam a liberdade de expressão agora acharem este de mau gosto. Como tu próprio escreves não é propriamente uma carapuça que te sirva a ti.

      A bíblia pode ser muita coisa, mas de referência histórica tem muito pouca mas se souberes aramaico ou alguma das línguas do texto original podes talvez elucidar várias coisas que não fazem sentido.

      #vraimentvousetespascharlie

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    2. Falaste em liberdade de expressão. O cartaz anda a circular por aí. Pensei que se entendesse. Ninguém lhe impôs censura.

      O Espírito Santo é a força activa de Deus. Não se distingue da divindade num todo.

      Por favor, eu justifiquei com a Bíblia noutra rede social. Serviu e bem, a carapuça.

      A Bíblia continua a ser uma boa referência, mas aqui entra a fé. Claramente não acreditas numa concepção miraculosa de Jesus. Eu não disse que acreditava. No entanto, no cartaz subentende-se que o autor dessa prodigiosa frase, que o BE utilizou, logo perfilha da opinião, crê que Jesus é filho de Deus. Se é filho de Deus, confirmam a sua concepcão divina. 1 + 1 = 2 Se é filho de Deus, não é filho de José. E teologicamente, para a doutrina católica, também é incorrecto.

      A Bíblia tem várias incorrecções, mas algumas, já agora, até ajudariam a sustentar o que eu digo. Decerto que em nenhum lado se dirá que Jesus resultou de uma relação sexual entre Maria e José.

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    3. Liberdade de expressão porque as mesmas pessoas que defendem o direito ao humor em relação à religião muçulmana ofenderam-se com esta.

      Em relação à referência da Bíblia e aqui acreditas no que quiseres, só li teu comentário depois de ter lido o teu comentário, no dia em que um comentário meu for para ti não tenho problemas de assumir o que seja.

      Acho que os cristãos se ofendem com pouco, porque haverá sempre que desvalorize e faça humor com o que nós acreditamos e respeitamos as diferenças, porque não é a opinião de ninguém que tem impacto no meu caminho espiritual, é meu e faço o melhor que souber dele. Há quem ache as minhas crianças ridículas e não é isso que abala o que quer que seja porque pelo menos nisso não dependo da opinião de terceiros.

      "Decerto que em nenhum lado se dirá que Jesus resultou de uma relação sexual entre Maria e José."

      Tens que procurar melhor porque existe em mais do que uma referência e não tiram qualquer divindade a Jesus.

      Acho só curioso Mark que nós já tivemos grandes diferenças de opinião assumidas e públicas, qual é a minha necessidade de escrever-te uma indirecta quando nunca tive esse problema antes? As minhas únicas indirectas são quando gozo com a Mariah e tu já aprendeste a ignorá-las.

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    4. O «Decerto que em nenhum lado se dirá que Jesus resultou de uma relação sexual entre Maria e José», referia-se à Bíblia. Foi no seguimento da Bíblia enquanto referência.

      Claro que há referências que discordam da divindade de Jesus! Tantas! Queres uma? O Corão. Jesus foi um homem. Filho de Maria com um homem. Nada de divino nele. Apenas mais um profeta. Os judeus consideram-no um "charlatão". Um apóstata.

      As diferenças são óptimas. Eu sei que posso tê-las contigo, e tu podes tê-las comigo.

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  2. * Rectifico o meu comentário: Para o Islamismo, Jesus tinha um carácter divino, sim. Era filho de Maria, mas a sua concepção foi miraculosa. Não resultou de uma relação sexual. Apenas não pertence à divindade. É apenas mais um profeta. O Islão não nega a concepção miraculosa de Jesus. O Judaísmo, sim, considera-o um apóstata.

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    1. Não seriam as mais óbvias Mark, eu sei a posição do Corão e do Judaísmo em relação a Jesus, eu também reconheço o papel de Jesus e o contributo dele, o problema não é Jesus mas sim os homens.

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