terça-feira, 15 de abril de 2014

Alergias para que vos quero...

Nota do autor - Estava completamente abstraídos do polén que vem não sei de onde sim? Obrigado.

Durante o fim de semana a noite foi uma emoção muito grande, a transpirar como se não houvesse amanhã, uma boa dose de nariz a pingar e espirros consecutivos. Moral da história, toma lá este anti-histaminico mais forte porque o que tomas já não faz efeito.

Pois que... desde me sentir lerdo (e eu geralmente só tenho sonolência com Actifed), a ter enviado um e-mail em que comi duas palavras e alterei-lhe o significado todo, a ter enviado um relatório com uma coluna em falta e precisar de pedir com licença à capacidade de concentrar para ela bulir um bocadinho este dia está a ser uma emoção (entretanto já escrevi a parte final deste texto no meio e só agora me apercebi que não fazia sentido nenhum e estava lá mais)


"I can't wait to see how this turns out!"

domingo, 13 de abril de 2014

Momma Ru's words of wisdom

"Every single time my star shined brighter or an opportunity arose for me, the current friends of my life would barely disguise the resentment in their eyes. I could feel it. I could smell it. Of course, me being the eternal pleaser, I'd offer a hand and say, "Come, go with me!" or "Maybe I could get you a....," but that trick never works. It got to a point where I wouldn't even share the good news (...) anymore. Strangely, they seemed happier to hear of my disappointments. Reminds me of a bunch of king crabs in a pot of boiling water - as one climbs to freedom, the others pull it down. (...) My attitude towards friendship has remained the same. I will support you and encourage you with all the love in my heart, but if it's not reciprocal, I gotta go. When the envy and negativity of others start to undermine your confidence, you have to find comfort in other places. If your friends are bitter about your success to the extent that they act out, don't expect them to change. They aren't evolved enough to understand that opportunity creates more opportunity. Move on. You'll make new friends who will be drawn to your frequency, and you to theirs. You cannot thrive in toxic relationships. This is an unfortunate fact of life, and the sooner you recognize, the faster you'll be able yo sidestep it's emotional land mines.
You cannot thrive in toxic relationships"
Rupaul. "Workin' it!: RuPaul's guide to life, liberty and the pursuit of style." Harper Collins 2009.
Este livro veio parar às minhas mãos depois de uma mudança grande na minha vida profissional e a verdade é que não me diz nada de novo, tive a sorte de ter algumas pessoas a dizerem isto para que eu mudasse a minha atitude ingénua em relação às amizades, em algumas eu aprendi, noutras nem por isso. É difícil afastarmo-nos e ver as pessoas, as atitudes, o dia-a-dia através de um olhar imparcial. A minha máxima mantém-se, não me arrependo do que fiz ou das pessoas que conheci e com quem travei amizade mas olho para os deuses e reviro-lhes os olhos e penso que o despertar poderia ter vindo mais tempo e com menos sofrimento, eles reviram-me os olhos e respondem que esteve sempre tudo ali e que eu é que não queria ver, na esperança que desta feita o filho do vento tenha aprendido a lição.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Someone clearly rubbed her the wrong way

 

 

O Índio do Quarto Andar

A pré-produção dos meus dias involve a aplicação de produtos e afins para que eu não pareça ter morrido há 3 dias e ninguém me ter avisado, mas isto de acordar às 6:45 por vezes faz com que o cérebro fique na cama e eu execute as minhas tarefas com uma lentidão superior ao que já é normal.

O último passo é aplicar o Bobbi Brown Tinted Eye Brightener que como tem uma textura muito líquida aplico o produto na zona da olheira e aguardo um a dois minutos para depois espalhar aproveitando que a textura ficou mais cremosa.

Há dias em que, como odeio chegar atrasado, aplico o corrector e saio de casa, desço os quatro andares a pé e antes de abrir a parta da entrada que é completamente opaca, saco do espelho, esbato o produto e vou trabalhar. Isto corria sempre bem até os tipos das obras do segundo andar começarem a chegar às 7:30 e eu dou de caras com um que vê um tipo de fato preto, camisa branca e gravata com riscos debaixo do olho, arregala os olhos, eu sigo para baixo encontro os outros da obra que olham para mim como se eu viesse de outro planeta (não desminto nem confirmo), meti os óculos escuros, fui a um café, pedi uma bica, ainda de óculos escuros, fui à casa de banho e retoquei o estuque.

Não há palavras...

terça-feira, 8 de abril de 2014

Clandestine Cake Club Lisboa - Maio, Maduro Maio



Está já em fase de planeamento o próximo encontro dos boleiros "clandestinos", o próximo encontro do Clandestine Cake Club está a ser planeado para meados de Maio com um tema nada infrutífero.

Ponham já essas cabeças a funcionar, chamem os primos, os amigos, os tios, as avós e todos os que se puderem ligar, porque se no outro houve muitos bolos, neste queremos que hajam MAIS!

Eu já estou a delirar com o que é que vou fazer, e vocês?

domingo, 6 de abril de 2014

A evitar "Brunch Café"

Há anos atrás abriu a Castella do Paulo, na minha juventude fui lá lanchar algumas vezes. A fome de tudo o que era japonês era imensa e aproveitava-se tudo, mas era apenas um pão de ló caro que não tinha a delicadeza de uma outra castella que tínhamos provado vinda do Japão e deixámos de lá ir.

No outro dia fomos provar o Brunch Café exactamente no mesmo sítio e assim que chegámos, por alguma razão que me escapa, o dono era parecido com o da castella. O Brunch Café é um restaurante, se é que lhe podemos chamar assim que prima por ter na ementa pratos geralmente servidos em brunches como huevos rancheros, panquecas entre outras coisas e até aqui tudo bem, pelo menos parecia...

Ao contrário dos outros brunches em Lisboa que optam pelo bouffet ou uma selecção de pratos, este decide especializar-se, tem três opções base com mais ou menos coisas e depois opções à parte para personalizarmos o nosso brunch, até aqui continua tudo muito bem.

Nós fomos pelo mais básico que tinha uma cesta de pão e manteiga, duas panquecas com açúcar por cima, uma bebida fria e uma bebida quente, optámos por guacamole à parte e um abacate com um ovo estrelo no lugar do caroço... as nossas amigas pediram bebidas do menú, uma sandwich e ovos mexidos e aqui começou a emoção.

Tínhamos direito a uma cesta individual de pão cada um com uma variedade de pão, uma vinha claramente mais cheia que outra, uma tinha tipos de pão que a que tinha menos não tinha, logo aí torci o nariz mas somos todos adultos por isso partilhámos o pão e continuámos, as bebidas do menu eram quase metade das bebidas pedidas à parte que é completamente omisso na ementa, achei má onda porque cheirava-me a publicidade enganosa mas continuámos.

Chegou o guacamole e ao contrário do que estou acostumado não era nada cremoso e estava cheio de pimentos, tinha mais pimentos do que abacate, tudo cortado grosseiramente e servido com um prato de nachos, sendo que eram duas doses e que cada dose, segundo a empregada, dava para duas pessoas achei pouco generoso, poucos nachos e ainda menos fauxcamole porque aquilo não era guacamole em lado nenhum e já comi vários tipos, desde ter o empregado de um restaurante mexicano a fazê-lo à nossa frente no almofariz ou até a fazê-lo em casa e até as versões industriais, tudo era melhor que aquilo, mandámos para trás e dissemos que preferíamos mais cremoso, do fundo da cozinha ouvi o copo misturador a funcionar chegou-nos uma aguadilha alaranjada com bocados de pimentos cortados, nem preciso dizer que era intragável e comemos só os nachos.

Os ovos mexidos da minha amiga, que supostamente eram com espinafres, de espinhafres tinham pouco, estavam demasiado cozidos com água e muitos, mas muitos cogumelos de conserva que não foram bem escorridos e cheios de salsa. Portanto ovos mexidos com espinafres que pareciam de cogumelos. Chegou o outro abacate com o ovo, que vinha quase crú e e como tinha bacon não provei mas quem o comeu não me pareceu extasiado. Depois vieram as panquecas, cheias mas CHEIAS de canela, ao ponto da canela fazer montinhos, quando as cortei a massa estava mal cozida quase crua e mandei-as para trás, a outra pessoa que comia panquecas disse que as queria no fim, cinco minutos depois vieram as da outra pessoa frias e também quase cruas, estas nem as provei e mandei-as para trás e disse que não queria mais nada. As panquecas também eram mais pequenas que as panquecas de quem pedisse à parte e isso não vinha no menu.

O empregado, que para mim é dono, veio ter comigo e perguntou-me qual era o problema num diálogo mais ou menos do género:

Ele - Há algum problema?
Eu - Sim, mandei as primeiras para trás porque estavam quase cruas e as segundas estavam iguais além de que na ementa vinha escrito que só tinham açúcar e vinham cheias de canela que eu não pedi.
Ele - Eu provei as segundas que devolveu e para mim não têm nada de mal.
Eu - Pois, para mim estavam quase cruas e não percebo o que é que o senhor pretende.
Ele - Mas podia mandar cozer mais um bocado.
Eu - Panquecas não se podem voltar a cozinhar porque a única coisa que ia fazer era tostar o exterior porque o lume já está demasiado alto e por isso é que vêm quase cruas por dentro. Ja disse que não as queria, por isso continuo sem perceber.

O senhor foi embora muito arreliado e honestamente mesmo que eu fosse um imbecil que embirrasse só por embirrar ele não tinha que entrar em despique é suicídio de qualquer tipo de relação com um cliente, só me irritou mais do que eu já estava.

A partir daqui ignoraram-nos, ao ponto de não trazerem as panquecas do segundo menu, nem as bebidas quentes e quando uma amiga minha quis mais uma água e um muffin quase foram precisos sinais de fumo mas depois apareceu tudo na conta, resultado mais reclamação e tiraram um dos menus, segundo eles não bebemos os cafés porque não pedimos (no pedido fiz questão de dizer que os cafés vinham no fim) e as panquecas da outra pessoa idem...

Em resumo, não ponham lá os pés, é demasiado caro, a comida não vale a ponta de um chavelho e cada vez me cheira mais a um reciclar do antigo sítio para aderir à moda do brunch e tenho sérias dúvidas que esteja qualquer coisa remotamente parecida com um chef na cozinha.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A culpa é toda minha



Um dos meus filmes preferidos, "Gone With the Wind"aparte, é o Bram Stoker's Dracula e o mito do vampiros já e certo e sabido pelos sabores, no entanto não gosto do livro, é mesma uma questão de estilo narrativo que não me convence, são muitas vozes de narrador e acabo por não gostar de nenhuma e o ênfase amoroso do Coppola torna o Dracula muito mais aliciante, adoro o exagero e a lado operático da coisa, eu é guarda roupa, maquilhagem, banda sonora, gosto daquilo tudo... ou quase tudo porque coitadinho do Keanu que era a Kristen Stewart dos 90 com a sua mono-expressão mas vá o Jonathan é tão irrelevante naquilo tudo que como só as batatas.

E pelo meu amor ao Dracula e aos vampiros (nomeadamente da Sôdona Rice) é quase impossível resistir aos livros que são retellings, revisitings, covers etc etc etc do famoso conde. Já não me lembro da piroseira que li que metia a Bathory (essa que em livros é uma grande banhada) e outro que era só narrado na primeira pessoa pela Mina que era tão mau, mas tão mau que metia dó.

E depois apareceu o Fangland do John Marks que é um recontar da história do Dracula mas com terrorismo, um programa de entertainment news chamado The Hour (uma crítica ao 60 Minutes) da infame The Network, Dracula aqui chama-se Torgu, um líder do crime organizado romeno que acede a conceder uma entrevista a Evangeline Harker (subtil huh) uma produtora do The Hour da The Network e esta repetição é uma directa ao autor (também ele um ex-produtor do 60 Minutes e que explora neste livro a indústria do jornalismo televisivo e que é por vezes demasiado minucioso para um livro destes, detalha demasiado o que faz cada pessoa por trás deste tipo de programas que não interessam a leitores de ficção e que se calhar seria mais interessante se explorado numa obra biográfica) e narra a viagem dela até à Roménia onde encontra uma evangélica terrorista (parece que estou a gozar não parece? Mas não, é mesmo) que por sua vez é lésbica e fuma porque não há nada contra na Bíblia (bem, nada contra também) mas que apenas serve para um fait-divers gratuito de uma cena de sexo mal escrita porque uma coisa será o sexo entre duas mulheres e outra é um homem a escrever uma cena de sexo entre duas mulheres que cheira-se-me já não ter nada a ver, mas isto sou eu que não só sou mais bolos como também não sou nem mulher nem lésbica.

Depois há os outros que são tão excitantes como ver tinta a secar, desde o noivo da Evangeline que é tão fascinante tão fascinante mas tão fascinante que além de se tentar matar é convenientemente metido pelo autor na gaveta quando ele chega à conclusão que ele pouco ou nada acrescenta ao enredo numa cena que não faz sentido nenhum e a outra que passa de editora de imagem a ex-Black Panther nos 70s, bitch please!

O livro tinha tudo para ser espantoso, um pano de fundo inteligente com uma crítica social que podia ser muito bem aproveitada e dar um filme giro, mas não, é só uma banhada e eu ouvi-o até ao fim porque raramente desisto de ouvir um livro.

Mas a culpa é toda minha que pareço um totó quando leio Dracula, ou vampiros, ou fangs ou qualquer coisa relacionada.