sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Seduzidos pelo Mal

Há coisas que são referências nos meus gostos, a saber super-heróis, vampiros, bruxas, gelado, manga, chocolate a caramelo.

Por isso não podia estar a adorar mais a terceira série de "American Horror Story", Jessica Lange como a Supreme de um coven de bruxas faz-me pensar que esta seria a segunda avó que eu gostaria de ter, se a minha vida fosse um série, a primeira era a Endora de "Bewitched".



A série tem duas personagens inspiradas em figuras da históra de Nova Orleãs, a primeira é a Madame LaLaurie, interpretada por Kathy Bates, uma mulher que sacrificou dezenas de escravos de uma forma sádica e sem qualquer pudor, uma das histórias mais conhecidas é a da escrava caiu da janela a fugir do castigo de LaLaurie, de chicote em riste, porque a tinha magoado ao escovar o cabelo.


           




Escravos mutilados, a cozinheira presa ao fogão, escravos sem vísceras, sem olhos, um catálogo de horrores descobertos quando a Madame LaLaurie desapareceu num incêndio.

Em American Horror Story, a Madame LaLaurie é imortal, um castigo da Rainha do Voodoo Marie Laveau (incrivelmente representada por Angela Basset) e é reduzida a criada da casa/escola onde estão as bruxas mais jovens da série

Na série, LaLaurie é cómica e vê agora os seus pecados com o olhar diferente, numa sociedade que já não tem as mesmas regras e regalias da alta sociedade, vê-se forçada a confraternizar com Queenie, uma adolescente com obesidade mórbida e existe ali uma espécie de cumplicidade misturada de desconfiança e despreza. A interpretação de Bates é quase-cómica e chegamos a uma altura que temos pena da personagem que é confrontada com tudo o que fez no passado.

Mas e agora vem a ironia, podemos sempre dizer que é uma personagem de ficção mas é alguém que existiu e de facto cometeu actos hediondos, será que se fizessem o mesmo com o Hitler numa série, teríamos pena dele, teríamos empatia por uma tragi-comicidade e cenas? Não me parece, é uma figura história que é quase uma personificação do mal, mas LaLaurie também, não é tão conhecida, mas foi real.

E vocês, deixam-se seduzir pela fragilidade do mal?

5 comentários:

  1. Olá,
    este é um assunto que mais vende audiência o mal. Não gosto de filmes assim, sou água com açúcar.
    Tenha um ótimo dia.

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  2. É, acho que tens razão com a ideia do Hitler.´
    E eu ando mortinho por ver a série...

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